Repórter de câmbio e bolsa de valores da EXAME.
O BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) registrou lucro líquido ajustado de 1,258 bilhão de reais no quarto trimestre de 2020, 24,55% superior ao registrado no mesmo período de 2019 e 19,1% maior que o do trimestre anterior. No ano, o lucro líquido ajustado superou em 16,9% o de 2019, ficando em 4,050 bilhões de reais. O resultado foi divulgado na manhã desta terça-feira, 9.
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O resultado foi reflexo de seu desempenho em investment banking, responsável por assessorar empresas em processos de emissão de dívida, abertura de capital e fusões e aquisições. No trimestre, a área aumentou sua receita em 28% para 514,7 milhões de reais, estabelecendo um novo recorde.
O forte desempenho, segundo o banco, foi impulsionado principalmente pela maior capacidade de distribuição de títulos de dívida e pelo alto número de operações concluídas no mercado local de ações, seja participando de ofertas subsequentes de ações (follow-on, em inglês) ou de oferta públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês).
Na parte de fusões e aquisições, que também integra a área de investment banking, o BTG foi o líder da América Latina em volume de operações.
"Foi um lucro muito forte e com boa qualidade", resumiu Bruno Lima, analista-chefe de renda variável da EXAME Research. Lima apontou como destaques as áreas de investment banking e de crédito. "A asset também foi muito bem e isso aumenta a recorrência do resultado. A Tesouraria veio muito forte também", completou.
Lima comentou o que se pode esperar do resultado do banco em 2021. "O mercado tem estimado 4,5 bilhões de reais [de lucro] para 2021, e o quarto trimestre anualizado já aponta 4,9 bilhões de reais. O mercado vai revisar para perto de 5 bilhões de reais dado o carrego da parte de crédito, mais asset e wealth, aliado ao bom momento de investment banking."
Já na frente de Sales & Trading, a receita cresceu 10,9% em relação ao quarto trimestre de 2019 para 751,6 milhões de reais. A melhora em relação ao ano anterior se deu em razão da maior participação de mercado em corretagem e pelo aprimoramento dos canais de distribuição.
Para ampliar sua presença no varejo digital, o banco aumentou seu número de colaboradores em mais de 300 pessoas, elevando o custo com pessoal em 41,8% na comparação anual para 249 milhões de reais no trimestre.
No ano, o total de despesas operacionais subiu 13% para 3,802 bilhões de reais. O crescimento foi impulsionado pelos gastos com bônus, que tiveram alta de 18% para 1,333 bilhão de reais, superando os 909 milhões gastos em salários e benefícios em 2020. Calculados com base no programa de participação de lucros, o bônus foi resultado da maior receita de clientes no ano.
Repórter de câmbio e bolsa de valores da EXAME.